quarta-feira, 23 de julho de 2014

a volta a sp - agosto de 2010

Por obra e graça de uma dessas promoções de uma popular empresa de transporte aéreo, me vi impulsionada a passar o feriado do dia 7 de setembro na cidade natal.
Eu tinha mesmo que pegar alguns materiais para a pesquisa, estava com saudades de alguns amigos, precisava ver a família e estava com uma curiosidade sobre o que teria havido neste um mês e uma semana de minha ausência.
E num clique: feito: eu voltaria a São Paulo!
Horas depois de ter efetuado a compra começaram a surgir os efeitos do tal ato.
Primeiro veio a excitação e logo depois uma sensação estranha, sem nome até agora.
Uma angústia como se o meu sonho aqui em Floripa tivesse prematuramente acabado. Psicologices, eu sei! Mas a coisa foi muito concreta em mim. Foi aí que eu me dei conta de que tinha mesmo mudado de vida e que não queria, mesmo, voltar para aquela.
Estou com uma sensação de estar adaptada, mas o deslumbramento constante com os pequenos feitos da nova vida me jogam na cara que ainda vivo a novidade.
Depois da angústia veio um certo pânico que culminou numa infecção express na garganta. Em questão de horas eu estava totalmente tomada por seres microscopicamente maléficos.
E lá vamos nós com o antibiótico...
Chegando em São Paulo mais um problema de saúde: um antifúngico para dar uma força.
A estada em si foi ótima: amigos muito queridos, restaurante japonês, almoço com mamãe, samba da melhor qualidade, visita ao antigo emprego (com uma recepção para lá de calorosa das crianças) terapia intensiva com a melhor amiga... O problema não foi a viagem em si, mas a ideia de voltar.
E a força da idéia é tão potente em mim que no meio da viagem comecei a ter uma alergia maluca e no penúltimo dia eu parecia personagem de filme de terror B!!!
De fato o meu corpo está indo atrás desta história de equilíbrio entre mente e corpo: agora os problemas mentais nem passam pela mente, descem direto pro corpo!
Na manhã da minha volta, o meu desespero para voltar se traduzia na lentidão com que os minutos passavam... Cada minuto tinha 456 segundos! E tenho provas!
Bom, amanhã faz uma semana que voltei e ainda não me recuperei totalmente dessa ida a SP.
Talvez porque eu ainda não tenha visto o mar desde então. Talvez porque realmente aquela cidade não caiba mais em mim. Talvez porque eu já não caibo mais nela.
Não sei.


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