terça-feira, 24 de agosto de 2010

a cidade e o corpo


Levando em conta que as generalizações não são verdadeiras nem mentirosas, só incompletas (me apropriando de uma fala de Chimamanda Adichie
http://www.youtube.com/watch?v=O6mbjTEsD58), tive uma experiência muito impressionante sobre como o corpo pode ou não ser um organismo que cumpre a sua função de mobilidade e força.
E como a cidade pode contribuir para a configuração desse corpo que serve para a sua própria existência, exercendo toda a sua potência de organismo vivo, ou como ele pode ser a mistura disforme de ossos e carne que carrega seu cérebro para o escritório.
E então Descartes surge potente como nunca: mente que vai, corpo que fica.
Com a vontade de conhecer mais o novo habitat, propus a um amigo também paulista que nos aventurássemos em uma trilha que li ser a mais bonita da ilha.
Estava dado que a dificuldade era grande, mas aqui entra uma discussão sobre a importância de se conhecer os conceitos das coisas antes de se jogar numa dessas.
As trilhas consideradas mais difíceis pelo programa de trilhas do governo de São Paulo não chegam ao pé do morro desta que fizemos!
A paisagem sem dúvida é deslumbrante, principalmente se você chega com forças para vê-la!
De fato fiquei muito impressionada com a fraqueza de meu corpo e de como uma cidade se coloca ao corpo das pessoas.
Uma cidade como Florianópolis pede por um corpo ágil, ligado, em prontidão.
São Paulo pede um corpo também resistente; resistente há muito trânsito, muitas horas de trabalho e muita lotação no transporte coletivo. Ambas pedem um corpo resistente, isso é fato!

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